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História da Coopermil é resgatada nos 90 anos de Santa Rosa

No ano em que Santa Rosa celebra 90 anos de emancipação político-administrativa, fatos marcantes que constituíram nossa identidade estão sendo resgatados por meio do Projeto Papo 90 - Resgatando nossa história. Uma das histórias marcantes, da Coopermil, que em 2021 celebra 66 anos, foi resgatada com o depoimento concedido pelo seu atual vice-presidente Joel Capeletti ao projeto nesta sexta-feira (16/07), no Sesc em Santa Rosa.

As trajetórias de Joel Capeletti e da Cooperativa Mista São Luiz Ltda - Coopermil estão intimamente conectadas. Neste ano, Capeletti completa 46 anos de trabalho na cooperativa. Foi eleito presidente da cooperativa em 1989, cargo que ocupou até início de 2021. A entrevista buscou resgatar passagens importantes da história do município e da Coopermil, como exemplo quando da fundação da Coopermil, em 1955, a comunidade de Cinquentenário era distrito de Santa Rosa, e os atos oficiais contaram com a presença do prefeito municipal, à época, Carlos Denardin.

Por meio do Projeto Papo 90 - Resgatando nossa história, está sendo realizada a gravação de entrevistas com 90 personalidades, com a proposta de revelar múltiplas facetas de nossa história, dando visibilidade a fatos marcantes e alguns até mesmo pouco conhecidos, que contribuíram com a construção dos alicerces do município de Santa Rosa.

As entrevistas são conduzidas pelo comunicador atuante há mais de 40 anos no rádio local, Jairo Madril, e gravadas pela Reveli Conteúdo. Com o engajamento do Encontro Estadual de Hortigranjeiros, a viabilização deste momento histórico se dá através do projeto aprovado pela LIC, com financiamento do Pró Cultura RS, produção cultural da Lucano Cultura e Marketing e patrocínio da Coopermil e da Cotrirosa. Em parceria com o Hortigranjeiros, um grupo de voluntários da comunidade também está engajado para contribuir com a construção do projeto.

As entrevistas estarão disponíveis ao grande público e registradas na memória oficial de Santa Rosa, a partir de 10 de agosto, quando ocorrerá o lançamento no centro cívico cultural de Santa Rosa. A partir desta data todo o material estará disponível no Facebook e no Youtube do Projeto, com o endereço a ser amplamente divulgado.

Cigarrinha do milho – um grande desafio para a próxima safra

A cigarrinha do milho (Dalbulus maidis) é um inseto sugador de ocorrência conhecida a mais de 15 anos nas lavouras de milho na região central do Brasil. No entanto, na região sul do país sua ocorrência é recente e no último ano, provocou grandes prejuízos a cultura no estado do Rio Grande do Sul, se tornando no contexto atual, a principal praga da cultura do milho.

A cigarrinha do milho é uma praga que se reproduz e provoca danos exclusivamente na cultura do milho. A praga provoca danos diretos através da sucção da seiva da planta e principalmente através da transmissão de microrganismos causadores do chamado complexo do enfezamento. O inseto é vetor do espiroplasma (causador do enfezamento pálido), do fitoplasma (causador do enfezamento vermelho) e também do raiado fino ou vírus da risca.

Esse complexo de microrganismos transmitidos pela cigarrinha se desenvolve nos vasos condutores de seiva da planta, impedindo a adequada movimentação de água, nutrientes e energia no sistema vascular da cultura. Esse processo desencadeia distúrbios hormonais e fisiológicos além de debilitar o sistema de defesa da planta, sendo porta de entrada para doenças oportunistas que se desenvolvem no colmo e espigas do milho.

A ocorrência de doenças secundarias na cultura como fungos que atacam o colmo das plantas é um dos principais causadores de perdas na cultura, já que pode ocorrer a má formação das espigas e dos grãos (grãos chochos) e principalmente o tombamento das plantas, cujos prejuízos podem chegar a 90% de perdas, dependendo da pressão da doença e da sensibilidade do híbrido.

Com relação ao manejo da praga, algumas ações são fundamentais para conviver com a doença, considerando a dificuldade de controle da praga e que não há hibrido resistente ao complexo do enfezamento. Precisamos observar também que a transmissão com maior potencial de dano dos microrganismos causadores dos enfezamentos ocorre na fase inicial da cultura, ou seja, da emergência até V8, sendo essa a fase mais crítica para manejo da praga e da doença.

Nos ensaios conduzidos na Área Experimental da Coopermil e através das informações de pesquisadores parceiros e das companhias obtentoras dos principais híbridos de milho, observamos que ações como a escolha de híbridos com maior tolerância ao complexo do enfezamento, tratamento de sementes com neonicotinóides e aplicações de inseticidas em parte aérea sempre que constatada ocorrência da praga na lavoura são ações fundamentais.

Salientamos também a preocupação para a safra 2021/2022 que se iniciará nos próximos dias. Desde setembro de 2020, a Coopermil em parceria com a Syngenta e CCGL vem monitorando através de armadilhas a ocorrência de cigarrinha. Durante todo o período de avaliação, inclusive nas últimas semanas quando houve a ocorrência de frio, as coletas semanais indicam elevada população da praga.

Este acompanhamento é importante pois serve de alerta em relação as lavouras que serão estabelecidas na sequência. Salientamos que é de fundamental importância o monitoramento das áreas de cultivo e planejamento de estratégias de manejo junto a Assistência Técnica para conduzir a cultura da melhor forma.

Eng. Agr. Andre Goral

Equipe Técnica Coopermil

  • cigarrinha do milho (Dalbulus maidis)
  • Armadilha para coleta da praga
  • Planta com sintoma de enfezamento
  • Doença de colmo provocando tombamento da planta
  • Planta com multi espigamento
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