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Sistema Ocergs apresenta ao governo federal demandas das cooperativas para reconstrução do Estado

As demandas do setor cooperativista, severamente afetado pelas catástrofes climáticas no Rio Grande do Sul, foram tema de reunião na terça-feira (4/6), em Porto Alegre, com o Ministro de Estado da Secretaria Extraordinária da Presidência da República para Apoio à Reconstrução do RS, Paulo Pimenta. A agenda teve a participação do presidente do Sistema Ocergs, Darci Hartmann, do conselheiro da Fecoagro, Nei Manica, e do diretor executivo da entidade, Sérgio Feltraco.

Para o presidente Hartmann, a implementação de medidas de apoio financeiro deve ser feita com urgência. "As cooperativas representam mais de 259 mil cooperados e geram cerca de 30 mil empregos diretos", ressaltou.

O ministro informou que vai propor a inclusão das cooperativas agropecuárias como beneficiárias na Medida Provisória nº 1.226, publicada em 29 de maio, na próxima reunião do Conselho Monetário Nacional. A MP destina recursos do Fundo Social para recuperação de empresas gaúchas.

Pimenta entende que há urgência na implementação de uma linha de financiamento específica para as cooperativas, com carência de dois anos e prazo de pagamento de oito anos. Ele se comprometeu, ainda, a buscar soluções que atendam às demandas de cerca de R$ 3 bilhões em crédito com prazos e taxas compatíveis para as cooperativas.

O Sistema Ocergs e a Fecoagro entregaram um documento para o ministro com as seguintes demandas:

1. Suspensão emergencial dos vencimentos com instituições financeiras por 120 dias;

2. Linha de crédito para renegociação de dívidas dos produtores e suas organizações cooperativas, abrigados pelo Decreto de Emergência de Calamidade Pública do governo federal;

3. Renegociação e alongamento dos créditos de produtores em instituições financeiras, independente da fonte dos recursos, com prazo de 10 anos e carência de dois anos;

4. Linha de crédito para cooperativas agropecuárias do RS, permitindo alongar crédito de cooperados no montante de R$ 2,8 bilhões, com taxas fixas compatíveis às do atual Plano Safra (7% a 8%);

5. Constituição de um Fundo Garantidor para lastrear operações financeiras;

6. Manutenção do enquadramento para acesso ao crédito rural nas linhas PRONAF para cooperativas agropecuárias com quadro mínimo de 60% de agricultores familiares;

7. Linha especial de crédito para o programa Operação 365, que visa a recuperação de áreas degradadas, especialmente pelos danos das enchentes, e reconstrução das áreas agrícolas conforme novos conceitos de ESG.

O encontro reafirma a liderança das cooperativas do Estado na definição de soluções concretas para os desafios da reconstrução do Rio Grande do Sul. O Sistema Ocergs continuará acompanhando de perto o desenvolvimento das propostas e trabalhando em parceria com as autoridades para garantir o apoio necessário às cooperativas e seus cooperados.

Fonte: Sistema Ocergs

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